Conheces algum caso em que isso tenha acontecido? Para fazer mais que os 150/155cv que o hardware stock permite, não é preciso exceder a peak cilinder pressure dessa mesma configuração. É tudo uma questão de afinação.marco pires Escreveu:potencia em excesso= aumento de pressão que pode partir o bloco,nomeadamente na separação entre os cilindros.
O turbo gt1749v do 150 encaixa lá que é um mimo e a fazer 1.4Bar de boost (pressão stock no motor 150) fazem-se 170/180cv. Turbo este que pode andar facilmente durante algum tempo a levar com EGTs para cima desses 850º (atenção que existe uma coisa chamada inércia térmica). O turbo não aquece pela sua rotação, aquece pela temperatura de gases de escape. A combinação entre temperatura e rotação excessiva é que poderá ajudar ao empeno do veio e consequente falha mas nesta configuração ficam ambas em níveis perfeitamente aceitáveis.o aumento da pressão acelera as rotações do turbo,se exceder os 850º,turbo para as couves.
Mais uma vez, não me lembro de ouvir algum relato de pistão derretido em 136 por carga e para 170/180cv usam-se tempos de injecção inferiores ao de uma repro para 150/155cv com hw stock.prolongar a injecção aumenta a quantidade de combustivel a cada curso do pistão e a temperatura,em excesso vai simplesmente fundir a peça=pistões nas couves.
A embraiagem reforçada pode fazer parte do "lote" de investimento mas nem é estritamente necessário, felizmente temos electrónicas onde podemos afinar a coisa "ao pintelho" e não exagerar no binário que é o que derrete embraiagens.se juntares a isto a embreagem e o volante do motor que "adoram" este tipo de repros esticadas ao limite,tens uma bela sinfonia de enterro de um carro que já era.
Cenário:
Motor 136 + turbo GT17 do 150 a 1,4Bar + bicos, para já deixamos o sensor map e a embraiagem de lado. Não temos nenhuma configuração destas por aqui porque "quer-se sempre mais".
Com afinação minunciosa da ecu, consegue-se fazer uma "recta de binário" de digamos.. 320nm. Muitos dos que andam aí só com repro excedem este valor. Ora com 320nm às 4000rpm temos 180cv e a embraiagem pode muito bem continuar a de origem desde que esteja em condições, estamos a falar de 40nm a cima do valor declarado pela marca para o motor stock. 180cv já é bem para cima de 150 e estes valores atingem-se com tempos de injecção perfeitamente razoáveis, pressão de origem para o turbo em questão (que na verdade até vai rodar qq coisa menos pois alimenta menos ~50cc) e nem é preciso tocar no avanço de injecção. Não há nesta configuração nenhum componente que esteja esticado ao limite.
Onde quero chegar é: tal como no 150, o 136 também tem uma tolerância boa para aumentos de potência no que ao bloco toca.. Só de repro não é possível grandes voos por 2 motivos muito simples: limitação do turbo e da injecção.