
Com o aproximar do Verão, é altura de lançar um alerta sobre a importância de cuidar do veículo e especialmente dos pneus, antes de fazer uma viagem longa de carro. Economizar na segurança do veículo pode sair muito caro. Os condutores devem estar a par sobre os perigos de conduzir com pneus gastos, especialmente em pisos molhados, onde os pneus acabam por reduzir a eficácia do sistema de travagem, direcção e tracção.
A distância de travagem, se conduzir a 130 km/h, pode aumentar de 36 a 129 metros. O desenho dos pneus gastos não tem profundidade suficiente para drenar a água e expulsá-la sendo propício a situações de hidroplanagem ou aquaplanagem, onde o veículo flutua sobre a superfície da água e por conseguinte a direcção deixa de responder.

Além de realizar uma revisão exaustiva do veículo antes de iniciar viagem, (especialmente da direcção, suspensão e equipamento de travagem),é recomendado a verificação da pressão de todos os pneus, incluindo o de substituição, que pode perder pressão ou deteriorar-se mesmo que não se use. Para além disto verificar os indicadores de desgaste da banda de rodagem e o estado geral das carcaças são tarefa imprescindível para garantir a sua segurança na estrada.
A profundidade mínima legal dos sulcos do pneu é de 1,6 milímetros; se for inferior, o pneu deve ser mudado. Para facilitar o controlo do desgaste, existem nos pneus indicadores a 1,6 milímetros nos sulcos longitudinais. Como estes indicadores acabam por cair no esquecimento, existem alguns truques populares como a medição dos sulcos com uma moeda.
Por outro lado, a borracha gasta não mantém as mesmas propriedades elásticas e o pneu perde a aderência nas curvas e nas travagens, tanto em piso molhado como seco, podendo chegar a necessitar do dobro de metros para parar o veículo se comparamos com um pneu novo.

É importante planificar a carga que vamos levar e, com isso, evitar encher o carro mais do que o devido, já que pode alterar as reacções do veículo antes de uma curva ou antes de uma travagem de emergência.
Nestes casos, deve-se variar a pressão dos pneus em função da carga do veículo: mais carga, mais pressão.
Perante uma situação de furo, o mais importante é manter a calma e a estabilidade do veículo. Existem pneus, como o RunOnFlat que, em caso de furo, conseguem percorrer até 80 quilómetros a uma velocidade máxima de 80 Km/h, o que permite viajar de forma mais descontraída e evitar parar em plena viagem para trocar de pneu.

Dez conselhos básicos a ter para com os pneus:
01 – Controlar as pressões antes de iniciar a viagem.
02 – Inspeccionar os indicadores de desgaste e o estado geral dos pneus.
03 – Respeitar os índices de carga e velocidade.
04 – Adequar a condução às características e circunstâncias do terreno.
05 – Evitar travagens e acelerações bruscas.
06 – Verificar o pneu de substituição.
07 – Rever os órgãos de direcção, suspensão e travagem.
08 – Consultar sempre um especialista para os trabalhos básicos na conservação do pneu.
09 – Escolher um pneu adequado para as condições do terreno onde vamos conduzir durante as férias.
10– Não ultrapassar a vida útil de um pneu, determinada não pelo desgaste da sua banda de rodagem mas sim pelo estado de conservação geral e o número de kms percorridos.
Pneus Usados - 3 boas razões para reflectir

Segurança

Legalmente, a profundidade mínima de piso de um pneu é 1,6 mm. À medida que aumenta o desgaste do piso, a performance do pneu vai sendo afectada. Para além disso, aumenta o risco de aquaplaning e as distâncias de travagem são mais longas.
A distância de travagem de um automóvel equipado com um pneu com uma profundidade de piso de 1,6 mm é, aproximadamente, 45% maior do que a de um automóvel equipado com pneus novos.
Por esse motivo, a Continental recomenda a substituição dos pneus quando estes atingem uma profundidade de piso de 3 mm.
Rentabilidade
Resultado: Frequentemente, um pneu usado tem um custo mais elevado do que um pneu novo. Para além disso, pode apresentar imperfeições, mau estado de conservação e/ou utilização, colocando em causa a segurança de todos os passageiros do veículo!

*1 Profundidade de piso mínima permitida por lei em Portugal.
*2 Considerando a profundidade de piso útil do Pneu Usado.
*3 Serviço: Equilibragem+Montagem+Válvula por cada substituição de pneu, tendo em conta a quilometragem média de 40.000km.
Sustentabilidade

A importação de pneus usados tem inúmeras implicações e custos para o nosso país e para o ambiente:
- Rodando menos quilómetros do que um pneu novo, os pneus usados aumentam o custo de reciclagem por quilómetro percorrido, o que implica custos para todos nós;
- A cadeia económica do sector é afectada pela importação de pneus usados;
- A principal matéria-prima, a borracha vulcanizada, não se degrada facilmente e quando queimada a céu aberto, contamina o meio ambiente com carbono, enxofre e outros gases (muitos com efeito de estufa);
- Os pneus usados abandonados, para além de um problema ambiental, representam também uma ameaça à saúde pública, pois acumulam água das chuvas, formando ambientes propícios à disseminação de doenças. Por isso, a sua recolha e devida reciclagem são fundamentais.
Recomendações
Existe um risco associado à aquisição de pneus usados, especialmente os que têm um passado desconhecido ou duvidoso.
Os pneus usados podem ter sido expostos a utilizações, manutenções e armazenamento impróprios, podendo estar danificados ao ponto de os tornar inutilizáveis.
A Continental alerta todos os consumidores para o perigo da aquisição de pneus usados. Apresentamos alguns exemplos de danos visíveis. No entanto, o perigo reside nos danos imperceptíveis aos nossos olhos e que apenas poderão ser identificados através de uma avaliação realizada por um técnico especializado.

Nota: Alguma informação pode ser algo repetitiva... Mas tem mesmo de ser.