BMW X3 3.0i VERSUS Lexus RX300

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eScOvInHaS
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BMW X3 3.0i VERSUS Lexus RX300

Mensagem por eScOvInHaS »

Com o imposto actual, estes dois modelos estão destinados a vaguear por um “deserto” comercial sem fim, mas como sonhar não paga taxa...

Em Portugal o RX300 é, infelizmente, quase uma miragem no panorama automóvel nacional, mas basta atravessar o Atlântico e desembarcar no maior mercado mundial para que a ilusão passe a ser uma realidade tão palpável, que é quase impossível não “tropeçarmos” num SUV da Lexus a cada esquina. E, sejamos honestos, é a este tipo de sucesso que o BMW X3 3.0i ambiciona, tendo sido criado à imagem do, e para o, mercado americano. Todavia, isso não impede que os portugueses também tenham direito a sonhar. Sim, porque é de um sonho que estamos a falar, pelo menos para a grande maioria do comum dos mortais. Quanto mais não seja porque os preços de venda se situam entre os cerca de 71 mil euros do X3 e os 81 mil do RX300... Mas “sonho” também no sentido idílico de que, tanto num caso como no outro, estamos a falar de dois automóveis com motores de seis cilindros a gasolina e mais de 200 cv de potência, muito apelativos para quem valoriza a versatilidade de utilização e é adepto das uniões de “fato”: fato de treino durante os fins de semana e de executivo durante a semana.
Por uma questão de fidelidade ás unidades fotografadas, optámos por incluir no preço e no equipamento do X3 3.0i os opcionais que equipavam a unidade ensaiada (como os bancos em pele dotados de comandos eléctricos ou os sensores de parqueamento) e por considerar o nível de equipamento Premier (o mais elevado) no Lexus RX300.

Carroçaria
Numa clara antevisão de uma tabela de pontuações que primou pelo equilíbrio de forças, os dois primeiros itens em análise registaram um empate. Além dos habituais airbags (frontais, laterais e de protecção da cabeça), qualquer um dos presentes oferece sistemas de controlo de estabilidade (que pode ser desligado no BMW). O representante alemão proporciona ainda o sistema de controlo de travagem em curva (CBC) ou, de especial interesse em todo o terreno, o HDC (controlo de descida). O Lexus também não lhe fica atrás e conta, de série, com os faróis de xénon direccionais.
Mantendo a tónica inicial, a qualidade de montagem e pintura também não registou grandes diferenças, ainda que nos pareça discutível (quanto mais não seja do ponto de vista estético) a opção por parte da BMW de não pintar a zona inferior dos pára-choques do X3. Outra opção discutível, mas esta com direito a “penalização” pontual, diz respeito às garantias oferecidas pela marca de Munique. Se os dois anos de garantia geral do X3 já ficam a perder face aos três anos ou 100 mil Km do Lexus, o que dizer dos dois anos para a garantia da pintura ou os seis anos da anti-corrosão, quando o seu adversário “estica” estes valores até aos seis e 12 anos?...
Na mala voltamos a registar um empate, ainda que, desta vez, por razões bem diferentes. Se olhar para a ficha técnica irá por certo reparar numa diferença que daria uma vantagem teórica ao BMW. O problema é que, apesar da menor capacidade o Lexus RX300 responde com a possibilidade de abrir/fechar a tampa da mala electricamente através do comando à distância ou facilitar o acesso (mérito da suspensão pneumática) com um simples toque numa tecla, sendo que um outro botão coloca, automaticamente, a suspensão no nível mais baixo sempre que o desligamos.

Habitáculo
Os consumidores americanos são, tradicionalmente, menos exigentes com a qualidade interior. Isto poderá explicar, em parte, o decréscimo qualitativo de que foi alvo o X3 face aos padrões habituais da marca. Já o Lexus brinda os seus ocupantes com níveis de requinte e de qualidade pouco habituais, mesmo em automóveis de 80 mil euros. A atenção ao detalhe e os níveis qualitativos só têm paralelo na dotação de equipamento ou no espaço que oferece aos seus ocupantes. Em relação ao primeiro, ficámos rendidos a itens como o sistema de som Mark Levinson,com regulação eléctrica no volante ou ao écran “touch screen”. Já em relação à habitabilidade, a melhor maneira de a descrever é referir que o RX300 oferece mais 10 cm (!) em largura que o seu adversário... Mas os argumentos do Lexus não se ficam por aqui, estendendo-se ainda à versatilidade de regulação dos bancos traseiros (rebatíveis numa configuração 40/20/40) longitudinalmente e em inclinação das costas.
O BMW ainda tenta responder com uma posição de condução que está muito próxima das oferecidas pelas berlinas da marca bávara ou seja: quase perfeita. Mas o mal já estava feito e o RX300 arrebata uma vitória convincente em termos de habitáculo.

Dinâmica
Depois da pesada derrota no habitáculo, chegámos a um ponto em que a BMW, tradicionalmente, domina a seu bel-prazer: a dinâmica. Como referimos, o Lexus RX300 ensaiado estava equipado com uma suspensão pneumática que fazia autênticos milagres no conforto. Resolvendo com indiferença qualquer cratera que se atravessasse no seu caminho. O X3 mostrou-se sempre mais firme, sem que isso seja sinónimo de desconforto, tirando os naturais benefícios no que ao comportamento diz respeito. O X3 que ensaiámos estava equipado com as jantes (17 polegadas), pneus (235/55 com piso misto) e suspensão de série, o que limita a velocidade máxima a 210 Km/h, mas isso não parecia intimidar o modelo alemão que continua a oferecer um comportamento inesperado para um SUV (ou SAV – Sports Activity Vehicle - como a marca gosta de dizer) que pesa 1835 Kg. Enquanto a Lexus recorre a um controlo de tracção para garantir a distribuição de potência entre os eixos, a BMW optou por um sistema que baptizou xDrive. Este recorre a uma embraiagem multidiscos accionada electricamente e controlada pelo mesmo “cérebro” electrónico, que superintende o controlo de estabilidade. Analisando os dados recolhidos por vários sensores, o xDrive antecipa uma situação em que o recurso à tracção integral possa ser benéfico e que potência deverá ser enviada para cada eixo. O resultado é uma extrema agilidade, em estrada e fora dela, e um comportamento que em nada desmerece as berlinas da marca. Esta supremacia na dinâmica é ainda apurada pelo fantástico seis cilindros em linha de 231 cv servido por uma caixa manual de seis velocidades. O Lexus recorre a um V6 menos potente (204 cv) que, mérito da caixa automática, ainda vence nas recuperações, mas é claramente derrotado nas acelerações.

Economia
“Economia” não é a expressão que faz mais sentido em automóveis que custam entre 70 e 80 mil euros e gastam, em média, mais de 13 litros de gasolina aos 100 Km. Ainda assim, e tendo em atenção que falamos de motores de 3.0 litros, não podemos dizer que os consumos sejam exagerados, especialmente os apresentados pelo BMW. Para acalmar os mais ecologistas, resta-nos acrescentar que ambos cumprem as normas Euro IV. Não que isso faça grande diferença no outro lado do Atlântico, mas sempre deixa os afortunados que em Portugal poderão adquirir o X3 3.0i ou o RX300 com um sorriso “ecológico” nos lábios e os restantes verdes... de inveja.

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rcorreia
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Mensagem por rcorreia »

:shock: :shock: :shock: :evil:
Roubaste o texto, mas ta.se bem! mega informaçao. Maquinas boas e á maneira... Aqui em casa é que só se anda a diesel. E isso é muiiiiiiito caro pah ! 71 mil e 81 mil! GoD DaMn It !

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