O Sr em muitos comentários faz-me rir....marco pires Escreveu:eis o exemplo concreto de um estado policial.
um estado onde a estrutura base da educação civica está assente na punição e não na educação.
um estado onde o cumprimento das leis está focado no facto punição,e não no factor educação/civismo/ética.
exemplo tipico de sociedades fechadas e mal estruturadas,onde cada cidadão é subjugado socialmente em cada acto que pratica em função da punição que pode ser alvo.
"Aplicar a multa é um dever de qualquer agente"
principio errado.
não é um dever,é um recurso,o que são coisas diferentes,porque caso fosse um dever,nesse caso dispensávamos os agentes,e passávamos a ter funcionários burocráticos de fato e gravata a autuar cada cidadão cada vez que a lei fosse infringida,porque não é preciso ser policia para multar.
lamento que seja esse o seu conceito de agente de autoridade,é extremamente redutor e ao invês de fazer a ponte entre o sistema legal aplicado ao cidadão,cria uma especie de estado de guerra fria,onde de um lado está o cidadão que olha sempre com desconfiança para a lei e para quem a aplica(policia),e o estado que olha para o cidadão como alguem que está sempre pronto a fugir ás consequencias da lei quando a desrespeita,culpado: forças policiais sem formação civica,depois muitas das vezes aprendem infelismente da pior maneira,que cada cidadão não deve ser tratado como um criminoso,e quando digo da pior maneira,falo de situações de agressões a agentes em bairros dificeis,que muitas das vezes acontecem por sua própria culpa de toda a soberba que exibem só porque tem uma farda em cima.
Então o Sr acha que um individuo que cometa alguma das seguintes infracções:
passa uma linha continua numa ultrapassagem a outro veículo,
anda na auto estrada a mais de 159Km/h,
acusa uma taxa de álcool superior ao permitido,
utiliza o aparelho telemóvel durante a condução,
não circula na auto estrada na via da direita,
não utiliza os sinais de mudança de direcção
etc etc etc
Não devia ser autuado?
Agora pergunto-lhe, se o senhor tivesse um familiar que falecesse ou ficasse ferido num acidente, por o outro condutor ter cometido alguma manobra, pensava igual, admitia que o mesmo não fosse autuado?
Olhe já tomei conta de acidentes com vitimas mortais, por o outro condutor não ter feito o simples sinal de mudança de direcção, ou por circular na auto estrada na via central. Ou acha que só deveríamos autuar depois do acidente? É que depois do acidente, eu nem sequer o vi cometer a infracção.
Já agora, dou-lhe um exemplo da resposta que um condutor me deu, por eu estar a querer educar.
certa noite, circulava eu na Auto estrada, composta por 3 vias de trânsito no mesmo sentido e detectei um veiculo, como muitos que comentem esta infracção, a circular na via central, com a via da direita livre, aliás, não ia mais ninguém na Auto estrada.
Chegámos à traseira do veículo fizemos 2 ou 3 v3zes sinal de luzes, como informativos, para ele mudar para a via da direita e ele nada.
Ultrapassamos o veículo e passámos a circular à frente dele na via da direita para ver se ele entendia e ele nada.
Liguei os rotativos e o meu colega ligou o pisca da direita, como que a indicar-lhe que ele tinha de ir para a direita e ele nada.
Abrandámos a velocidade e deixamos que ele nos ultrapassasse, para ver se ele após nos ultrapassar passaria ai a circular à direita e ele nada.
Bem após isto, demos ordem de paragem ao veículo na berma, a qual ele acatou.
Sai do carro dirigi-me ao condutor, comprimente o mesmo e solicitei-lhe os seus documentos pessoais e os do veículo.
Após ele me facultar os documentos, comecei a breve explicação:
O Sr XXXXX sabe porque o mandámos parar?
Resposta: Não sr guarda!
Olhe mandei parar o senhor porque o sr. circulava na via central, sendo a faixa de rodagem composta por 3 vias de trânsito no mesmo sentido e encontrando-se a via da direita livre. Sabe esta infracção é uma infracção que origina muitos acidentes bla bla bla bla.
Como tinha tomado conta de um acidente com uma vitima mortal, 1 ou 2 semanas atrás, ainda lhe expliquei como se davam os acidentes por aquele motivo e consequências.
Resposta do condutor:
Olhe sr guarda, o senhor não é ninguém para me estar a dar lições de mural!!! Por isso tem 2 opções ou me multa ou me manda embora, agora não me dá lições de moral, porque eu nem quero saber da vida ou infelicidade dos outros.
Moral da história, o homem tem razão! Os agentes de autoridade apenas têm competência para fazer cessar a infracção e punir a mesma, agora não são ninguém para dar lições de mural e esta é a grande verdade.